O CINEMA CHEGOU EM MIM
Narrativa:
O Cinema chegou em mim...
O cinema faz
parte da minha vida desde a infância.
Quando
criança, na cidade de Iguatu – Ceará, a diversão era assistir os filmes que
passavam no Cine Alvorada, único da cidade, depois surgiram outros que não
lembro os nomes.
Durante a
semana, passava em frente ao Cine Alvorada para ver o filme de domingo, muitas
vezes começava aí uma busca de ganhar dinheiro para a entrada no domingo.
Na praça em
frente ao cinema, antes do filme começar, fazíamos trocas e vendas de revistas em
quadrinhos, o que nos possibilitava a compra da entrada para ver o filme em
cartaz da vez.
Marcávamos
lugar na fila para garantir uns trocados, ou até mesmo vendíamos o local de
sentar, quando o cinema estava cheio. Coisa de menino para se divertir e
sobreviver.
Os filmes eram
os mais variados, o importante era não perder a sessão de domingo.
Assim o cinema
foi se fixando em minha vida.
Outra prática
era coletar “pedaços de fita” para depois juntar em uma fita só e exibir para
outro meninos, no quintal de casa, usando uma lâmpada cheia de água como
refletor. Engenharia fotográfica em tempos que não havia tecnologia, só diversão
e arte.
Assim cresci
com arte e diversão.
Devido ao meu
pai ser de circo, me aproximei da arte circense também muito cedo. Do circo fui
ao teatro, do teatro ao cinema.
Na década de oitenta praticava teatro em vários seguimentos, foi quando fui convidado para fazer o filme Tigipió. Dei início ao processo de reunião e preparação para as filmagens, mas o tempo não se ajustou para que eu prosseguisse.
Apresentei meu pai Antônio Vieira de Castro aos diretores que com ele se encantaram. Papai foi contratado para fazer Tigipió, realizando assim um sonho dele que estava guardado no silêncio do seu coração. No filme ele fez um pouco de tudo, pois a sua atuação em dramas de circo, e na arte da carpintaria ajudou no processo de construção do filme. Ele teve várias atuações.(Veja vídeo)
Eu havia
perdido a cópia em VHS do filme Tigipió, e buscava encontrar na internet, e não
conseguia, até que agora em julho de 2024 consegui achar o filme na íntegra, e
fiz uma edição com algumas das participações do papai (Veja vídeo).
Coincidência,
ou iluminação do seu Antônio, no mesmo período recebi convite para fazer
figuração no filme Filosofia de Boteco, e logo em seguida um convite para
gravar uma cena no filme Além de Sofia. No filme Além de Sofia a personagem
mudou e gravamos várias cenas.
Esses
trabalhos possibilitaram a viabilidade de outros. Hoje estou em seleção de
elenco em outras produções...
Atualmente
estou usando dos meus poucos conhecimentos, e equipamentos, para fazer
documentários.
Estamos em
fase de gravação do documentário “Memórias da Tia Marlice”, a única tia que,
aos 85 anos nos faz revelações surpreendentes.
Um outro
trabalho é a preparação de um documentário sobre a minha vivência com Patativa
do Assaré.
E é por essas e outras que...
O cinema
chegou em mim.
Gratidão ao meu Anjo Antônio Pai que sempre me iluminou na minha Arte de Ser.
Lucarocas
Fortaleza, 25 de julho de 2024.
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